O uso de tecnologias avançadas no Planejamento de Materiais para reduzir custos e melhorar a eficiência
26 set 2023 às 18:45 - 1233 Visualizações
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O planejamento de materiais é uma atividade essencial em qualquer empresa que produz ou distribui produtos. Ela impacta diretamente nos custos, pois a compra de materiais em excesso implica em gastos logísticos, de armazenamento e compra desnecessários para a empresa. Também afeta na eficiência da cadeia de suprimentos, pois com os materiais disponíveis no momento certo torna-se viável a fabricação do produto e consequentemente a entrega no prazo para o cliente. Com estes dois exemplos da importância, o planejamento de materiais justifica o investimento em tecnologias avançadas neste setor estratégico para reduzir custos e melhorar a eficiência. O artigo tem como finalidade apresentar tecnologias presentes no mercado e seus impactos.
A quantidade de materiais necessária para atender a produção planejada, conforme a previsão de vendas e as estratégias da empresa, é proveniente do Plano Mestre de Produção, no qual é definido o quanto será produzido de cada produto ao longo das semanas/meses. Com este processo finalizado busca-se “explodir” a necessidade do item acabado para os demais materiais de níveis mais baixos da lista técnica, respeitando suas políticas de lote múltiplo, máximo, mínimo e estoque de segurança. Com o objetivo de que seja possível atender a produção do MPS e garantir a compra somente daquilo que é necessário.
Em muitas empresas de diferentes segmentos o custo em excesso na compra de materiais e a baixa eficiência é ocasionado no momento do cálculo do MPS. Muitas vezes, essa atividade é realizada em planilhas eletrônicas, as quais não possuem muita assertividade no cálculo considerando a capacidade finita de produção. Com isso, é planejado produzir a mais do que a produção pode atender, resultando na compra em demasia de materiais para atender o plano que no final das contas é inexequível. Isso gera custos desnecessários para o negócio.
Muitas empresas estão investindo na digitalização da indústria para solucionar este problema, através da implementação do software APS Opcenter Planning da Siemens. Ele realiza o cálculo do MPS considerando a capacidade finita dos recursos, seus calendários de disponibilidade e a taxa de produção de cada máquina para produzir cada produto. Para que seja possível realizar este cálculo o Opcenter Planning necessita de dados de entrada, como a previsão de venda e pedidos firmes, além das políticas de estoque de cada item, para que isso também seja levado em consideração. A definição do MPS, do quanto será produzido de cada item em cada período é explodida automaticamente para os demais níveis do produto, de acordo com a heurística de planejamento selecionada pelo usuário.
Na imagem abaixo podemos ver um gráfico de análise do Opcenter Planning. Ele centraliza as informações de um SKU em específico após a realização do plano mestre de produção. Assim conseguimos identificar a previsão de vendas, o MPS e a quantidade de ordens já abertas em relação ao estoque mínimo, e máximo do item ao longo do tempo. Essa representação gráfica auxilia o analista para identificar a criticidade dos materiais em relação à sua disponibilidade nos períodos avaliados.
No segundo gráfico podemos ver o MPS realizado para o recurso “Chippenham”. Na parte de trás em azul é a representação da capacidade do recurso no período. Nota-se que todos os retângulos de diferentes cores, que são diferentes produtos, não extrapolam a disponibilidade dele, o que garante planos exequíveis de produção, resultando na explosão da necessidade de compras de maneira realista e assertiva.
Com esta tecnologia as empresas estão chegando em um outro nível de planejamento, deixando-o mais rápido, inteligente e assertivo e consequentemente se diferenciando da concorrência. Conclui-se que o cálculo do MPS considerando a capacidade finita é um aspecto crítico do planejamento de materiais. Ele permite que as empresas planejem a produção de maneira mais eficiente e realista, garantindo que os recursos estejam disponíveis quando necessários e que a produção atenda às demandas do cliente. Ao considerar a capacidade finita, as empresas podem obter benefícios significativos, incluindo a redução dos custos de compra de material, melhoria na qualidade do atendimento ao cliente e consequentemente uma melhora na eficiência da cadeia de suprimentos.